Duda: Dos 15 ao 20.

O tempo passou e com ele o frio também, a primavera começava surgir e as flores enfeitavam a cidade de concreto e asfalto, essa também era a estação preferida de Duda, afinal o clima era agradável e a cidade parecia sorrir.
Depois de alguns meses na nova escola, Duda finalmente parecia ter se adaptado, fez outros amigos além de Beto e até chegou a namorar com o " Sk8ter Boi", mas não deu certo. Porém havia algo diferente em seu olhar e Beto notou isso rapidamente e perguntou:

- Você anda diferente, distante, quer falar sobre isso.
Duda: - Ah! Só uma fase ruim com o casamento dos meus pais, mas tudo vai passar.
Beto: - Se precisar, estou sempre aqui.
Duda deu um leve sorriso triste.

O casamento dos seus pais nunca foi um exemplo, porém de alguns meses pra cá a situação piorava muito, e não havia um só dia que não houvesse discussões, naquela mesma tarde quando Duda voltou pra casa encontrou sua mãe chorando descontrolada, seu pai tinha ido embora, não aguentava mais as cobranças e suspeitas de sua mulher, era o que dizia a carta que ele deixou antes de parti. Sua mãe inconformada pegou o carro e saiu atrás de explicações, nem ouviu quando Duda pediu com a voz embargada pra ela não ir, parecia que pressentia que depois que sua mãe atravessasse a porta, sua vida nunca mais seria a mesma.


A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

( Mayara Evangelista) 

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